Desde março, quando lançou ações na bolsa, a companhia tem sido escrutinada a cada divulgação de resultados
Em maio, quando o Snap divulgou os dados do primeiro trimestre, o resultado veio abaixo do esperado pelo consenso de analistas de mercado. O faturamento foi de 150 milhões de dólares, e embora menor do que os esperados 158 milhões, ainda representou uma alta de 307% em relação aos 38,8 milhões de dólares faturados um ano antes. O número de usuários por dia foi de 166 milhões, abaixo dos 167,3 milhões esperados. O prejuízo chegou a 2,2 bilhões de dólares. Resultado, as ações caíram mais de 20% só naquele dia. Para o segundo trimestre espera-se que o prejuízo caia consideravelmente, já que no cálculo do período anterior havia um bônus de 1 bilhão de dólares dado ao presidente, Evan Spiegel, pela abertura de capital. O faturamento é esperado em 189,3 bilhões de dólares no período.
Mas o temor dos investidores não foi embora. Do IPO até hoje as ações do Snpa já caíram 44,5% e as perspectivas são desanimadoras. Em março, o Snap havia afirmado que pessoas com menos de 25 anos passavam cerca de 30 minutos na plataforma por dia. Na última semana, a rede social de fotos Instagram, que pertence ao Facebook e copiou todos os principais recursos do Snapchat, disse que pessoas da mesma faixa etária passam 32 minutos no aplicativo todos os dias.
A estratégia do Snap atualmente parece ser não ligar para os números de crescimento de usuários, mas ampliar sua receita com anúncios, especialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, onde a companhia tem 50 milhões e 10 milhões de usuários únicos, respectivamente. Vendendo mais propaganda para usuários de grandes mercados, o Snap tenta aumentar o faturamento sem aumentar em grande escala a base de usuários. Se a estratégia vai dar certo, o tempo vai dizer. Mas, do IPO pra cá, pouca coisa deu certo pros investidores do Snap.
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